A HISTÓRIA DA RADIOLOGIA II



Ao descobrir os raios X, em 1895, Roentgen sabia que essa nova forma de energia seria de grande utilidade para a medicina. A técnica de obtenção de imagens do interior dos corpos pelo uso dos raios X permite, entre muitas aplicações, a identificação de fraturas ósseas e doenças pulmonares. Roentgen tinha a exata consciência do potencial dos raios X, mas não poderia imaginar a amplitude da revolução tecnológica que esse feito produziria 110 anos depois.




Roentgen passou a estudar incessantemente sobre os raios recém descobertos. Nesse tempo, Roentgen descreveu quase todas as propriedades dos raios X que conhecemos hoje. Descreveu que os raios são radiações do tipo eletromagnéticas, pois não sofrem desvio em campos magnéticos; podem ser detectados através de cintilações numa tela fosforescente ou de impressões, numa chapa fotográfica; tornam-se mais penetrantes após passarem por absorventes; produzem radiações secundárias em todos os corpos que atravessam; propagam-se em linha reta, em todas as direções; tornam gases em condutores elétricos (ionização); atravessam o corpo tanto melhor quanto maior for a tensão no tubo (kV). Roentgen testa a transparência de vários materiais, verificando duas propriedades importantes: densidade e espessura. Quanto mais densos e espessos, menos transparentes se tornam; e constata que os raios X são produzidos pelo choque de raios catódicos numa chapa de alumínio.



Em 22 de dezembro de 1895, trouxe para o laboratório sua esposa, Bertha, para fazer parte de sua experiência. Colocou sua mão esquerda sobre um filme radiográfico e a expôs aos raios cerca de 15 min. Assim, pôde confirmar suas teorias e realizar a primeira radiografia da história da medicina. Em outra experiência, tirou uma radiografia de seu rifle de caça e observou uma pequena falha interna, demonstrando que também poderia ser utilizado em outros setores para inspecionar equipamentos em geral.
CIENTISTAS

1) Michael Faraday (1791-1867) = Físico e químico inglês, nascido em Londres, foi um dos maiores cientistas experimentais de todos os tempos. Suas teorias foram de grande importância e utilidade nos campos da química, eletricidade e magnetismo.



2) James Clerk Maxwell (1831-1879) = Célebre físico e matemático, nascido na Escócia, desenvolveu vários estudos no campo dos fenômenos eletromagnéticos. É considerado o fundador da teoria eletromagnética.



3) Johann Heinrich Geissler (1815-1879) = Mecânico alemão de Bonn, também era soprador de vidro, produzia tubos de raios catódicos de diferentes formas e tamanhos, especialmente para físicos e químicos.



4) William Crookes (1832-1919) = De origem humilde, veio a se converter num gênio autodidata. O tubo que leva seu nome é o antepassado das lâmpadas fluorescentes e os atuais tubos de neon. Crookes era químico e físico da Universidade de Londres.



5) Eugen Goldenstein (1856-1931) = Físico alemão da Universidade de Berlim, em 1876, atribuiu à corrente elétrica colorida entre os eletrodos rarefeitos do tubo o nome de raios catódicos.



6) Hermann von Helmholtz (1821-1894) = Foi o primeiro a observar os raios X, um fenômeno apresentado por Roentgen. Em sua teoria de espectro, Helmholtz pesquisou e especificou as propriedades dos raios X anos antes de Roentgen.



7) Heinrich Hertz (1857-1894) = Físico alemão natural de Hamburgo, descobriu as ondas de rádio e seguidor de Helmholtz, continuou sua pesquisa, observando as propriedades das ondas eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução. Constatou que as ondas são refletidas, retratadas e polarizadas da mesma forma que a luz. Demonstrou que as ondas de rádio e as de luz são ambas ondas eletromagnéticas, que diferem apenas na frequência.



8) Philipp E. A. Lenard (1862-1947) = Dentre todos os pesquisadores, este húngaro foi quem mais se aproximou da descoberta. A fim de verificar se os raios catódicos produzidos no interior do tubo de Crookes também eram produzidos fora do tubo, construiu um tubo com uma pequena janela de alumínio na extremidade do anodo. Passou a observar os raios catódicos fora do tubo e fez testes com materiais fosforescentes. A partir daí, Lenard descobriu que o raio era capaz de atravessar folhas finas de metal e percorrer uma distância de até 1cm no ar.

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